por Prema Bhakti Das

Para este primeiro texto, resolvi publicar este conteúdo sobre as experiências que tive pesquisando a alma e o tempo.

O tema mais enigmático, que é a alma espiritual, dentro de panoramas do psicofísico e do psicodélico.

Em 2003, eu não sabia nada dos Vedas, e experienciava ondas de expansão da consciência com LSD, cogumelos, DMT, Ayahuasca, Ganja , MDMA, e muitos outros psicotrópicos. Porém, sem nenhuma prática espiritual em minha vida, estava completamente perdido, afastado da minha essência, da partícula divina que anima esse corpo. As experiências com psicotrópicos impulsionaram a busca pela espiritualidade, e o questionamento sobre o divino.

Então busquei no Santo Daime, e realmente a floresta me mostrou que o cosmos é muito mais iluminado do que aparenta à nossa falha percepção corpórea. Mas no meio das curas, mirações, e borracheira, ainda assim faltava aquela compreensão que daria um click no questionamento sobre a natureza do tempo, a natureza da alma, da vida, da mente e da consciência.

Durante meus estudos de pós-graduação, entre 2000 a 2007, foquei em dois temas específicos: – o cérebro em uma perspectiva Neurobiológica (pois era meu tema de tese), – e o Sincronário do Novo Tempo, que conheci em 2003, e seguindo desde então a conta do Tzolkin.

Naquele tempo não fazia o menor sentido para mim o paradoxo do fluxo de tempo ser entrópico ou sintrópico. Ou seja, fluir apenas do passado para o futuro, ou fluir em ambas direções, vindo do futuro ao passado e vice-versa, assim como determinado pela lei do Karma. Qual o sentido dessas confluências, e o quê, e como isso influencia nossas vidas cotidianas?

Hoje em dia, a ciência que nossa sociedade ocidental materialista cultiva está calcada na entropia. Essas bases da física são parciais, teoria do Big Bang… Esta base é ateísta e materialista, desconsidera peças-chave, como a fonte divina, sua forma, passatempos, qualidades, nomes, sua morada… e por este motivo os cientistas ficam em um impasse eterno entre a física clássica e quântica (por exemplo). Ficam à espera de uma manifestação divina ou santa, para trazer a revelação, aquela partícula divina que é a peça chave…

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As teorias do matemático Paul Dirac sobre a antimatéria, e as pesquisas de Luige Fantapie (fundador da Escola Brasileira de Matemática) sobre a sintropia, revelam que toda ciência acadêmica, na maioria das universidades, possui uma falha grave em sua base conceitual.

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Podemos ver essa diferença conceitual básica também nos trabalhos da Escola Russa da Cosmogonia, que deu origem à agência espacial russa (na Rússia a base científica é diferente da ocidental) e à construção das primeiras naves espaciais terrestres dessa era. A Escola Russa da Cosmogonia floresceu a partir dos estudos de Mendelev com a criação da tabela periódica, dos estudos de Kozirev em relação à influência cósmica na Terra, e culminou nos trabalhos de Vladmir Ivanovich Vernardsky, com o Tratado sobre a Biosfera de 1929, e com a teoria fundada juntamente com Teilhard de Chardin e Eduard LeRoy: a NOOSFERA.

José Argueles, pai do sistema de educação sobre o Sincronário das 13 Luas e o Tzolkin, sempre ressaltou a grande importância dos trabalhos de Vernardsky na Noosfera. Suas teorias sobre avanço da civilização, que culminam no momento atual, em uma condição de elevação da comunicação com a essência natural, estão intimamente relacionados aos modos de vida atuais.

Como geneticista, biofísico e psicofísico, fiquei muito intrigado com a ressonância matemática que, de fato, existe entre o Tzolkin e os códigos da vida, o DNA, I-Ching, teoria Jungiana, e muitos outros. Pontos de atração centrais existem, revelando a perfeita relação das espirais de tempo rítmico, do código 26=64, dos códigos da vida, da operação da mente com aquela enigmática essência ou, alma espiritual… e já que a alma é quem anima o corpo material, tudo parecia muito confuso. Essa confusão permaneceu comigo até 2010, quando estudava a base da ciência Védica, e descobri que esse é exatamente o assunto tratado pelas Escrituras. Ou seja: qual a diferença entre um corpo vivo e um corpo morto, qual a base da VIDA.

Essa compreensão só veio com o livro de Srila Prabhupada, dado a mim por um irmão espiritual na época em que morei no templo Hare Krsna no Rio de Janeiro. ( http://files.krishna.com/pt/downloads/facil_viagem.pdf )
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A melhor e mais detalhada descrição da alma espiritual pode ser encontrada nas escrituras antigas conhecidas como Vedas. No capítulo 2 do Bhagavad Gita, por exemplo, a Personalidade Suprema Sri Krsna discorre a Arjuna sobre a natureza da Alma espiritual. Podemos assim perceber exatamente a riqueza contida nessas escrituras. ( http://www.vedabase.com/pt-br/bg/2 )

O renomado mestre Srila Bhaktivedanta Swami Maharaja Srila Prabhupada, em seu célebre livro “Fácil Viagem a Outros Planetas”, coloca a alma como a ‘partícula anti-material’. Aquela mesma anti-partícula que rendeu alguns prêmios Nobel a matemáticos e físicos, em verdade trata-se da essência da vida, ou da alma espiritual.

Ao ler o livro “Fácil Viagem”, todos os estudos sobre a física quântica, neurobiologia, espiritualidade e tempo, confluíram na simples compreensão de que, a ALMA possui um tempo regressivo em relação à percepção da consciência mundana entrópica e materialista, e em relação às coisas dentro dos padrões de tempo a arquitetura no qual vivemos.

Logo, consultei meu TZOLKIN e lá descobri que a contagem dos kins ocultos seguem esse fluxo regressivo. Observando melhor, percebi ainda que, não apenas os ocultos mas também os kins análogos seguem uma sequência regressiva. Então, assim como o tempo da alma regressivo, podemos observar estes kins, análogos e ocultos.

De repente uma onda de “Flashback” me deu um tremendo caldo… quase me afoguei com o que estava lendo… então rapidamente, em uma nova onda de flashback na sequência, consegui a remada e o drop, – Hariiiibol! Surfistas do Zuvuya!, e o Tzolkin foi peça chave nesta realização.

Percebi também que meus Deja-vus se intensificavam e os campos de sonhos ampliavam-se, revelando-se em pre-cognição. Mas, eu precisava me lembrar de alguma coisa… o que eu preciso lembrar?

Srila Prabhupada me fez captar toda aquela mensagem subliminar de dimensões paralelas com um livrinho bem fino e curto, que tem porém um conteúdo transcendental. O mais interessante é que Srila Prabhupada é um santo, da linha de Sri Caitanya Mahaprabhu.

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Sua pregação é enfática e fatal! CHANT THE HOLY NAMES AND BE HAPPY! “Cante os Santos nomes e seja feliz.” Imagine que esse senhor saiu da Índia por ordem de seu mestre, chegou com quase 70 anos nos EUA, e disseminou essa mensagem do Bhakti Yoga pelo Mantra Yoga no Ocidente, construindo um império com mais de 100 templos pelo mundo todo em pouquíssimo tempo.

Todo o reino da metafísica, o mundo transcendental, puramente espiritual, é em verdade feito de antimatéria, e pode ser acessado pelo cantar de mantras, – veja só!
Mas e no cenário psicodélico? Quem nunca teve a sensação de que o futuro é agora? Com os sons dos synths e instrumentos musicais de toda parte, efeitos, mixagens? Durante um festival eletrônico? A perfeita sensação de que a cena psicodélica traz consigo esse humor, esses ares de novidade, ou melhor, de futurismo?
Essa é uma mensagem que vem da alma, que habita o coração de cada um de nós. A paz intrínseca.

Assim essa sensação nos remete a essa mesma alma, que pulsa um futuro melhor, um futuro cheio de alegria e respeito, a si mesmo e a todos os seres. RESPECT!